segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

COMUT DE CARUARU: Uma novela cheia de tramas, manobras e malícia em prol do “Capital no Agreste”.



O Conselho Municipal de Trânsito e Transporte (COMUT) debateu nesta quarta-feira (20 de janeiro) os reajustes tarifários do serviço de táxi e do sistema de transporte público de passageiros em Caruaru. E por maioria DEMOCRÁTICA dos votos o aumento do preço nas passagens de ônibus, de R$2,30 para R$2,80 foi REJEITADO pelos conselheiros (6 votos contra: Felipe – União dos Estudantes Secundaristas de Caruaru (UESC), Pedro – Associação de Moradores da Rendeiras, Marcos – Sindicato dos Condutores de Moto de Caruaru (SINDMOTO), Francisco – Associação do Transporte Escolar, Alex – Autarquia Municipal de Defesa Social, Trânsito e Transporte (DESTRA) e Graziellen - Secretária de Serviços Urbanos de Caruaru; 4 votos a favor: Ricardo – Rotary Club, Moreira – Sindicatos dos Taxistas, Adriana – Associação das Empresas de Transporte Público de Caruaru, Denny Coelho – Secretária de Infraestrutura de Caruaru; uma abstenção: Rendrickison Associação dos Transportes Alternativos e Milton Manoel – Sindicato dos Empregados no Comércio de Caruaru (SINDECC) que se retirou da reunião em forma de protesto contra a pauta apresentada).

 Fato este, que o foi suficiente para que os representantes das empresas de ônibus da cidade criassem mais uma esdrúxula manobra em prol dos seus interesses, um egoísmo corporativista que se tornou em um câncer que se arrasta há anos em Caruaru dentro do COMUT. E que não é de agora já que entre os vários conflitos promovidos no âmbito do COMUT o pivô mais recorrente sempre foi (e ainda é) o modo como os interesses das empresas de ônibus de Caruaru atropelam os interesses da sociedade civil organizada e da classe trabalhadora.

 Tentando justificar o injustificável e legitimar a arbitrariedade e o autoritarismo, o Presidente do COMUT, Ricardo Henrique convocou uma reunião extraordinária – próximo dia 26 de Janeiro às 14 horas – com o intuito de mais uma vez tentar promover o aumento da passagem de ônibus em Caruaru. Em uma inspiração nos moldes de Eduardo Cunha em nível municipal, Ricardo Henrique tem como objetivo único e exclusivo defender seus interesses na “Capital do Agreste” (perdoem-me o duplo sentido).

Outro fato que deve ser ressaltado é que o Sr. Ricardo Henrique até pouco tempo fazia parte do corpo de conselheiros do COMUT na condição de representante das empresas de ônibus via AETPC, mas hoje está na cadeira de presidente via representante do Rotary Club. Legalmente não há nada que impeça o mesmo de exercer essa função, mas nem tudo que é legal perante a Lei é moral perante a sociedade, já que seus interesses estão enraizados aos lucros das empresas de ônibus.

 O Sr. Ricardo Henrique e a AETPC têm um discurso afinado em relação ao que chama de necessidade e obrigatoriedade, pois se trata de uma “data base” para o aumento de tarifa de ônibus. No entanto o discurso esquece que o regimento NÃO condiciona que o aumento tarifário seja anual, mas que haja sua discussão, e foi o que ocorreu na reunião do dia 20 de janeiro de 2016, o conselho apreciou e negou o aumento. E a retomada dessa pauta finalizada é mera manobra dessa elite empresarial do ramo dos transportes em Caruaru.

O corporativismo e autoritarismo das empresas de ônibus em Caruaru é histórico, se todos os trabalhadores e caruaruenses não se mobilizarem infelizmente ficaram reféns de empresários como esses, que não conseguem enxergar um centímetro além de suas carteiras recheadas através do suor do trabalhador. E o que torna tudo ainda mais ridículo é ter que presenciarmos esses empresários reclamarem da crise financeira durante uma reunião e ao término da mesma, entram em seus “carros de luxo” e vão embora para suas confortáveis casas, enquanto isso o trabalhador espera por um ônibus sucateado e lotado para chegar à sua casa.

A pergunta que fica é: Vamos esperar sentadas cenas dos próximos capítulos ou mudarmos o rumo dessa história?

ATONA mídia

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