segunda-feira, 4 de abril de 2016

Ocupar e Resistir!
















Os locais públicos estão cada vez mais ocupados pelos donos do capital. Bares e restaurantes estão em ligação direta com o sistema, fazendo com que, cada vez mais, esses espaços sejam ocupados por uma determinada classe de poder aquisitivo. A Prefeitura de Caruaru, por meio de placas informativas, explicita essa atitude dominante determinando que na Estação Ferroviária não possa mais ser espaço de lazer e convívio de muitos jovens: seja para a prática de esportes; seja para recitais de poesia; rodas de capoeira ou como ponto de conversar e interação. Tal atitude caracteriza o poder do Estado sobre os agentes da sociedade, no caso, os jovens.

Em um texto produzido por Mauro Iasi (Professor adjunto da Escola de Serviço Social da UFRJ) para o livro Cidades Rebeldes lançado em 2013 pela editora BoiTempo, nos faz refletir muito bem essa ação vinda de cima para baixo, como uma avalanche em nossas cabeças: “A cidade não é apenas a organização funcional do espaço, suas ruas e edificações, seus bairros, pessoas carregando sonhos, isoladas na multidão, em um deserto de prédios, que aboliu o horizonte e apagou as estrelas. A cidade é a expressão das relações sociais de produção capitalista, sua materialização política e espacial que está na base da produção do capital.”
Ficar parado diante desse quadro é compactuar com tais ações; é deixar que tais aparelhos de reprodução continuem a usar de força e violência e que nos coloquem ainda mais as margens dos espaços que temos direito. Lutar é preciso, ocupar também!
ATONA mídia

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